Já todos estivemos apaixonados. Já todos sentimos uma grande paixão. Mas
e um grande amor? Diz-se que não há amor como o primeiro. O dono desta
famosa frase não deveria ser mãe. Porque não há amor como o amor por um
filho. Não importa quantas paixões se tiveram; não importa se correram
bem ou mal – o amor por um filho eclipsa tudo isto. Se pensa que já fez
tudo o que podia por amor, espere até ser mãe!
A maternidade muda tudo. E não estamos só a falar de mudanças a nível
físico – o seu corpo muda de forma extraordinária de modo a albergar uma
vida. Alarga, adapta-se, cresce, tudo em função de uma nova tarefa,
tarefa essa recente mas
que passou para primeiro lugar na ordem de importância: criar uma vida, a
do seu filho. E em termos psicológicos? Como é que a maternidade afecta
a mãe?
A biologia é uma ciência que merece todo o estudo que se lhe dedique. De
mulher que gere a sua vida em prol das suas próprias necessidades (como
qualquer ser biológico que se preze), com a maternidade passa a ser uma
mãe que gere a sua vida em prol das necessidades do seu filho. Os
instintos biológicos insistem
nisso. Insistem em que o alimente em primeiro lugar, em que satisfaça
todas necessidades desse pequeno ser em vez das suas. Vai sentir
mal-estar e dor quando ele está a sofrer, vai ficar ansiosa com o que
lhe possa acontecer, vai sofrer insónias preocupada com ele, vai chorar
de alegria quando o vir feliz...
Deixa de estar em primeiro lugar para o pôr a ele. Se isto não é amor, o
que será?
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