No início, a curiosidade por outros bebês vem misturada com ciúme, rivalidade e competição. Mas a descoberta da cumplicidade vem logo a seguir. Os primeiros amigos são fundamentais no processo de socialização.
Durante o primeiro ano, concentrado nas habilidades físicas, o bebê prefere a companhia dos pais
a qualquer outra. Adapta-se aos cuidados da ama, educadora, ou avó, e
até pode apreciar alguma interacção pontual com outros familiares e
amigos, mas nada de muito continuado ou duradouro.
No
segundo ano, a socialização toma uma importância maior. Descobrir o
mundo é também descobrir o prazer de se relacionar com os outros, de os
fazer rir e de rir com eles, de partilhar experiências.
A
linguagem ajuda-o a fazer a ponte e o bebê descobre o prazer de
provocar reacções, conversar, comunicar. Mas neste processo, tudo
dependerá também da sua personalidade. Ser mais expansivo, comunicativo,
aberto ao exterior são características que proporcionam uma
socialização mais fácil, pacífica, quase instintiva.
Para
as crianças mais tímidas ou reservadas, o processo pode ser mais
demorado, o que não significa que isso acarrete algum problema. O
importante é não forçar a criança, dar-lhe tempo e respeitar o seu
ritmo. Se não quer dar beijinhos a um desconhecido, se não vai para o
colo da tia assim que ela aparece, se se esconde atrás das pernas da mãe
ou se mergulha no calor do seu pescoço assim que um estranho se
aproxima, o pior que se pode fazer é dar muita importância ao caso.
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