Primeiro, descarte a possibilidade de problemas mais sérios, procurando
um médico e fazendo um exame de audiometria. Se não houver nenhuma
deficiência auditiva, o próximo passo é compreender o ambiente familiar
em que ele vive. "É comum as pessoas gritarem uma pela outra quando se
vive em uma casa ampla. Ainda mais se o cachorro estiver latindo e a TV e
o rádio estiverem ligados num volume alto. Se o ambiente for ruidoso, a
tendência é que a criança mantenha o tom de voz elevado. Afinal, é
preciso gritar para ser ouvida"
A relação entre o casal também tem um peso decisivo no comportamento das
crianças. "Elas sugam tudo como uma esponja. Se os adultos gritam e
discutem na frente delas, não podem pedir para os filhos não fazer o
mesmo". Mas se os gritinhos estiverem com cara de birra, o melhor a
fazer é não ceder. "Tem criança que tem mais dificuldade em lidar com o
não e a primeira reação é tentar manipular os pais. O jeito é ignorar,
explicar que não pode e dizer o porquê. E nunca reforçar de forma
positiva essa atitude". Os gritos também podem significar um pedido de
socorro, principalmente para as crianças que ainda não sabem falar. A
criança pode estar com dor ou incomodada com a fralda suja. Ou apenas
querendo atenção.
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